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"Não herdámos a Terra dos nossos pais mas, antes, pedimo-la emprestada aos nossos filhos"...

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8.1.11

Ecologia Divina



Ecologia Divina


Aproveito este espaço para dissertar sobre ecologia sob uma perspectiva divina. Poder-se-á, então, perguntar qual a relação entre espiritualidade e ecologia?


Segundo a minha concepção do mundo a Natureza é Deus, o que pode ser considerado uma forma de animismo. Bem, mas Deus não é só Natureza, é tudo o que existe. Nós, seres humanos, temos o hábito de nos considerarmos excepcionais, e por influências bíblicas nos consideramos como reis da Criação. Numa imagem antropocêntrica fomos “criados à imagem e semelhança de Deus”, logo, o resto é paisagem, é decoração, é de somenos importância e até mesmo desprezível nalguns casos. Mas, eu assim creio, TUDO foi “criado” à imagem e semelhança de Deus: o ser humano, os animais (considerados irracionais), as plantas e os minerais – para me referir apenas ao nosso mundo Gaia – pois também o Universo foi “criado” à imagem e semelhança de Deus. Tudo o que se nos é dado observar (ou impossível de ver neste momento) terá sido “criado” à imagem e semelhança de Deus, pois em cada elemento tanto do ser humano como da Natureza, seja esta de que tipo for, corre a Essência da Inteligência Original.


Então, se quisermos conhecer Deus, poderemos começar por observar os humanos, os restantes seres da fauna, da flora e da mineralogia deste planeta. Em cada um destes “reinos”: animal, vegetal e mineral podemos encontrar o Reino de Deus, a sua Obra, o seu Plano, o seu Desígnio. Em cada um está um pedaço do Omnipresente. Não é fácil conceber uma omnipresença (presença em tudo) ausente dalguma coisa. Se queremos ver Deus olhemos ao nosso redor. Então, a questão que se coloca é: somos todos irmãos, filhos do mesmo Pai-Criador? Então, somos pais dos nossos irmãos, pois em nós também correm as partículas divinas, logo somos Deus e, ainda assim, somos também filhos de nós mesmos!


Poderá parecer uma blasfémia, ou até mesmo uma presunção, aos olhos dos cristãos a minha afirmação de que todos somos Deus, se afinal somos tão imperfeitos! Poderá, também, parecer estranho este meu raciocínio a quem já tenha lido a minha observação feita em Ser ou não Ser, onde mencionei que em criança e na juventude eu havia achado estranho, e não tivesse acreditado, que o Jesus dos Cristãos fosse o filho unigénito, nem primogénito, de Deus e ainda fosse também o Deus feito homem. Essa abordagem por parte das autoridades eclesiásticas parecia-me complexa. E ainda hoje não acredito nela, apenas porque não creio que Jesus fosse o filho primogénito nem unigénito, mas foi sim Deus feito homem. Mas não foi só Jesus que teve esse privilégio, o Leitor que agora me está seguindo pode acreditar que  também é DEUS feito SER HUMANO, e dessa forma também o seu vizinho antipático a quem evita cumprimentar quando se cruza com ele, por isso quando voltar a dirigir-lhe o olhar lembre-se de que ambos têm algo em comum: o mesmo parentesco, a mesma ESSÊNCIA, e... se for capaz, passe a cumprimentá-lo!


A diferença entre a conclusão a que cheguei por mim mesmo (não levando agora em consideração se estou certo ou errado) e o dogma apresentado pela Igreja, é que eu parti da negação de Deus até chegar a admitir a sua existência, e comunhão pessoal, passo a passo pela observação da Natureza, enquanto o Cristianismo “impõe” a “verdade” de que apenas Jesus é filho de Deus e ao mesmo tempo é Deus “nosso Senhor” também, ficando eu e o Leitor, e todos os outros, afastados de possuir esses atributos e de ter acesso a essas benesses! Acredito, sim, que nós, as formigas e as estrelas somos Um só, com atributos e benesses divinas ao nosso dispor, com capacidades elimitações distintas...


E se Deus está também nas minhas irmãs, e filhas, plantas, então, deverei respeitá-las e amá-las como a mim mesmo, pois elas são também minhas protectoras, professoras e mães. Protegem-me quando me oferecem oxigénio e alimento e ensinam-me sempre que observo as suas leis naturais: a Lei Divina em acção, e mães porque sendo também divinas, fazem parte do Deus que me criou e que se auto-criou em cada ser criado. A forma como eu tratar a Natureza é aquela como eu me estou respeitando, ou desrespeitando, a mim mesmo. E o que têm feito os Governantes, (ir)responsáveis, pela Natureza? Nada... vejam-se os resultados do Protocolo de Quioto, de 1999, em que o segundo maior poluidor do ambiente, os EUA, não ratificou o acordo e a União Europeia ainda não está a conseguir cumprir o que estabeleceu realizar!



Se não somos capazes de respeitar a Natureza, o que iremos receber em troca? Nada, ou pior do que isso, teremos o reflexo, teremos a colheita daquilo que temos andado a plantar ou semear. Não somos capazes de nos olharmos como partes de Deus em comunhão com o todo. Vemo-nos como partes isoladas deste salve-se quem puder ganancioso dominado pela “indústria” egoísta de fazer dinheiro e cuidar apenas do umbigo pessoal.


Como ensina um antigo provérbio índio: “Não herdámos a Terra dos nossos antepassados, pedimo-la, sim, emprestada aos nossos filhos.” Quer isto dizer que se ela é apenas emprestada e não nossa por direito, então deveremos entregá-la (deixá-la) em bom estado para as gerações futuras. Mas atenção, os irresponsáveis não são apenas os chefes de Estado incumpridores! Note bem, e reflicta: o que tem feito ultimamente pela protecção do meio ambiente? Já está a fazer alguma coisa? E como tem incentivado os outros? Precisamos lembrar-nos: o primeiro passo precisa ser dado por nós, simples desconhecidos, através da nossa atitude ecológica consciente, em vez de ficarmos à espera que os outros, aqueles que têm o poder de decisão façam alguma coisa primeiro. As atitudes são contagiantes, se fizermos coisas boas, os outros também irão aderir. Lembre-se caro Leitor: pode sempre fazer alguma coisa, afinal também é (somos) um pouco de Deus.

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